Sopra o vento desde o sul. E encrespa o mar. A fúria do mar da baía agora me parece pueril. Encrespado pelo vento sul. O vento que vem lá de onde os mares se encontram. Lá onde o vento é o paradoxal oeste.
Lá da terra dos pingüins. Dos mares dos pingüins. Pingüins que subirão por estas correntes e aqui que não aportem, de preferência. E se aportarem fracos e extenuados, que tenham nossos cuidados e possam na primavera voltar para o clima movediço das suas terras austrais.
Mas o vento sul, o nosso vento sul, continua forte, fustigando as gaivotas. As onipresentes gaivotas que aqui pousam nas pedras voltadas para o vento. Para melhor enfrentar a sua inclemência, voltadas para o sul, com as asas cerradas, resistindo à sua vontade. Sem saber que lá onde elas olham. Lá bem lá depois da terra se esconder sua curvatura, as gaivotas estariam voltadas para o oeste.
06 abril 2010
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