14 agosto 2009

AS GAIVOTAS

As serras parecem não existir do outro lado da baía. A ilha mais se intui que se vê. Mas sobre sua pedra – árida pedra – uma das gaivotas permanece impassível na nobre missão do choco.

A outra se banha apoiada numa pequena pedra atrás da onde está o ninho. Parece estar se alimentando de peixinhos que se protegem junto à pedra. Ou então apenas se banha mesmo. Na distância fica mais difícil distinguir estes detalhes. Detalhes para nós observadores, não para os coitados dos peixinhos que podem estar virando refeição na moela da gaivota.

Comeu? Banhou-se? O certo é que saiu, caminhando por sobre a pedra, do meu campo de visão.

Mas lá para as serras, o que parecia ser um belo entardecer terminou se cobrindo com uma névoa pudica. Pode ser até que chova. Preocupação humana que deve ser indiferente para uma ave marinha que seguirá protegendo os seus ovos.

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